Um projeto para desenvolver, testar e preparar a industrialização e comercialização do Bess Móvel foi anunciado em fevereiro de 2024 pela Cemig. Trata-se de uma solução inovadora de armazenamento de energia, com baixo impacto ambiental, que utiliza sistemas modulares e móveis. Os produtos permitirão a substituição de geradores à diesel, resultando na redução das emissões de gases do efeito estufa.
Pioneiro no Brasil, o Bess Móvel foi criado em parceria com o Instituto de Tecnologia Edson Mororó (ITEMM), integra o projeto de P&D – (D0674), promovido pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel e selecionado no Desafio Cemig de Inovação do PDI 2.0.
Versatilidade do Bess Móvel
Além da promessa de reduzir substancialmente a emissão de gases do efeito estufa (CO2) lançados na atmosfera, a solução modular poderá entregar mais flexibilidade operacional, minimizar as interrupções emergenciais e recompor de forma imediata o abastecimento em caso de manutenções programadas. Em outras palavras, o Bess Móvel será extremamente importante em locais onde a queda de energia pode ser comprometedora, como, por exemplo, os hospitais.
As características da tecnologia incluem mobilidade, mais segurança nas operações de distribuição e ampliação de sua utilidade. Inclusive, vale ressaltar que a sua flexibilidade será igualmente benéfica nos setores da indústria, comércio, transporte e infraestrutura. E não só isso: a tecnologia também foi projetada para aprimorar ainda mais a qualidade do serviço oferecido aos consumidores.
Cemig na vanguarda
Na avaliação do diretor de P&D, Inovação e Transformação, Maurício Dall’Agnese, este projeto permite que a Cemig dê prosseguimento ao desenvolvimento de soluções inovadoras de armazenamento e implantação de tecnologias a fim de melhorar a experiência dos consumidores. “Já fomos pioneiros na implantação de bancos de baterias na rede de distribuição, e agora seremos pioneiros no desenvolvimento de baterias que possam ser instaladas rapidamente para atender ocorrências planejadas e não planejadas”, avalia.
Já o pesquisador técnico do projeto, o engenheiro Franz de Cassias Strobel, ressalta que o uso de sistemas de armazenamento a baterias vem se consolidando como uma das principais alternativas para gerir e viabilizar o sistema elétrico atual com suas inúmeras conexões de gerações distribuídas e cargas de variadas complexidades. “Adicionar mobilidade a estes sistemas de armazenamento é uma novidade no cenário nacional e amplia ainda mais as possibilidades de uso. Isso possibilita que se movam pelo sistema elétrico e sejam instalados em locais onde há desafios a serem superados”.