Desafio 03
O&M
Como maximizar a geração solar através da inteligência nos dados monitorados pelo centro de operação?
DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO
A falta de um sistema dedicado para monitoramento e análise da performance de geração solar prejudica a otimização da operação e manutenção, a plena prevenção de falhas, a plena realização de manutenções preditivas e o embasamento de decisões estratégicas a partir dos dados disponíveis.
Atualmente, a análise de performance das usinas é feita de forma limitada e com baixa frequência (mensalmente ou sob demanda).
O Centro de Operação da Geração e Transmissão possui um monitoramento em tempo real da conexão das usinas fotovoltaicas (UFV) com o sistema interligado, não avaliando o desempenho do ativo em relação ao potencial solar disponível. Este acompanhamento simplificado não supre as necessidades associadas à maximização da performance dos empreendimentos.
QUAIS AS CAUSAS?
Há uma sinalização da empresa, através de seu planejamento estratégico, de uma expansão significativa do seu parque de geração solar fotovoltaica. É um setor de atuação relativamente novo para a Cemig, e as áreas operacionais ainda estão adquirindo expertise e construindo a base de conhecimento necessária. A quantidade de dados envolvidos na geração fotovoltaica torna necessária a implantação de uma solução especialista para monitoramento e análise da performance de geração solar, visando ganho de eficiência operacional e aumento de produção e receita.
EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS
As consequências e efeitos negativos podem ter impactos financeiros, de competitividade e de reputação. Por isso, a implementação do sistema de monitoramento, análise, e performance da geração solar é importante para mitigar os riscos relacionados.
Perda de receita:
– Degradação da performance: A sujidade, as falhas nos equipamentos e outros fatores podem reduzir a produção de energia de forma significativa;
– A otimização insuficiente da geração pode fazer com que a empresa deixe de gerar receita por não identificar oportunidades de otimização da operação e manutenção;
– A falta de monitoramento e análise em tempo real de todas as variáveis adquiridas implica atraso da detecção de eventuais perdas de geração.
Aumento de custos:
– A falta de monitoramento e manutenção preditivas pode levar a falhas nos equipamentos, gerando custos com manutenções corretivas mais altos que os custos com manutenções preditivas.
Riscos relacionados:
– Segurança operacional;
– Reputação da empresa.
DEFINIÇÃO DE PROBLEMA RESOLVIDO
– Dados de performance de geração solar sendo monitorados e analisados em tempo real;
– Solução agnóstica para todas as plantas de geração fotovoltaicas operadas pela Cemig GT;
– Geração de alarmes e solicitações de serviço;
– Geração de relatórios e dashboards intuitivos conforme as necessidades das superintendências OP e AG, para prover insights relativos a oportunidades de melhoria de performance;
– Integração da solução com o SAP, PI System e o SAGE, sistemas já integrados e utilizados nas atividades da AG e OP.
Resultados quantitativos:
– Perdas evitadas na produção de energia em X%. [MWh/MWp];
– Redução do MSO em X%. [R$/ano];
– Redução do tempo de parada das usinas em X%. [horas/ano];
– Aumento da receita [R$ X/ano];
– Redução dos custos [R$ X/ano].
Resultados qualitativos:
– Maior assertividade na tomada de decisões;
– Aumento da previsibilidade dos resultados.
SOLUÇÕES JÁ TESTADAS
A equipe de Planejamento Energético ainda não dispõe de ferramenta específica para apoio e análise de performance de usinas solares.
É possível, por exemplo, definir uma string ou instalação de referência na própria usina. Esse conjunto de placas seria monitorado para aferir a situação operacional atual e, com isso, identificar a necessidade de limpeza para toda a usina. No entanto, para UFVs de porte elevado, que possuem alta dispersão territorial, a usina piloto pode não refletir as condições operativas em todos os circuitos.
Outra prática comum é monitorar os dados operativos atuais e seu histórico, estabelecendo comparações com as simulações feitas no momento de comissionamento da usina. Discrepâncias relevantes entre os modelos e resultados indicariam problemas de conexão, sujidade, ou danos e hot-spots na planta. Este método, embora assertivo, tem a desvantagem de não prover resultados em tempo real.
HIPÓTESES DE SOLUÇÃO
- Categorização e padronização dos dados existentes e necessários para garantir a qualidade da análise;
- Coleta e integração de dados compilados em um repositório único;
- Integração da solução com os sistemas utilizados pelas áreas de Operação e de Gestão de Ativos da Geração (SAP, PI System e SAGE);
- Análise avançada de dados:
– Visualização de dados para identificar padrões e tendências, através de dashboards e relatórios;
– Cálculo de indicadores de performance (KPIs) como produção de energia, taxa de conversão e tempo de indisponibilidade;
– Aplicação de técnicas de ciência de dados para extrair insights dos dados.
– Análise comparativa entre usinas.
- Análise preditiva:
– Identificação de anomalias e falhas nos equipamentos, com perdas de performance de equipamentos específicos em relação ao seu histórico de produção;
– Previsão de falhas nos equipamentos para otimizar a manutenção;
– Otimização da operação e manutenção das UFVs para maximizar a produção de energia.
- Análise prescritiva:
– Recomendação de ações para otimizar a performance das UFVs;
- Segurança da informação:
– Medidas de segurança para proteger os dados coletados;
– Controle de acesso aos dados por usuários autorizados e perfis.
- Governança de dados:
– Políticas e procedimentos para o gerenciamento dos dados;
– Garantir a qualidade, a confiabilidade e a segurança dos dados.
- Capacitar os colaboradores para o uso do sistema de monitoração e análise.